Em nove meses de 2018 houve 10 latrocínios - 4 a mais do que no ano anterior; homens armados em motos são vistos com frequência pelos moradores. Os moradores de Osasco, na Grande São Paulo, estão bastante preocupados com o aumento dos casos de latrocínios, que são os roubos seguidos de morte, na cidade. No final da tarde de domingo (14), um jovem de 22 anos foi morto quando uma dupla em uma moto anunciou um assalto. O jovem reagiu para proteger a noiva, que estava com ele, e foi alvejado a tiros. Ele estava de casamento marcado com a noiva. Só em nove meses de 2018, houve 10 latrocínios na cidade – 4 a mais do número total registrado em 2017. A violência na cidade assusta e os moradores pedem aumento do policiamento. Os moradores dizem que já presenciaram assaltos ou conhecem pessoas que foram roubadas com homens armados que chegam de moto. Nem a presença de rondas da polícia na rua Agop Guzelian, no bairro Presidente Altino, intimida os criminosos. No domingo, fizeram um arrastão na rua quando uma dupla armada e numa moto assaltou pelo menos 8 pessoas. “Eles foram abordando, descia, automaticamente via vítima chegando e já ia, né? Sem medo nenhum, apontando o revólver”, diz o namorado de uma das vítimas. Moradora da rua, Ana Torselli diz que os cidadãos exigem mais policiamento na região. “A gente exige um retorno das autoridades também pra que as medidas possam ser tomadas e volte a ser um bairro tranquilo. A cidade de Osasco, em um modo geral”, salienta ela. A 4 km da rua onde houve o arrastão ocorreu a morte do ciclista Rafael Campos Arraes, de 22 anos, baleado duas vezes ao tentar proteger a noiva. Em setembro, um assaltante chegou de moto em um posto de combustível e matou um dos frentistas. No bairro Conceição, os assaltos são frequentes. As câmeras de um supermercado do bairro registraram um assalto ocorrido em setembro, quando dois homens chegam armados e rendem todos os clientes. Um dos empacotadores tenta pegar a arma dos assaltantes, que atiram nele e no pulso de uma operadora de caixa. Segundo funcionários do supermercado, os colegas baleados estão bem. “De uns dois anos para cá, a situação vem ficando complicada. Nós mal vamos ao supermercado. A gente vem, compra, vai embora, não se arrisca ficar na rua porque está muito difícil mesmo. Osasco virou uma cidade do caos mesmo”, diz o motociclista Luciano Mário. A Secretaria de Estado de Segurança Pública informou que os casos relatados na reportagem estão sob investigação. Em relação aos latrocínios registrados em 2018, 7 pessoas foram presas e 2 adolescentes apreendidos sob suspeita de participação nos crimes. Fonte:G1