A Capital Paulista é sua terra natal e aos nove anos sua família mudou-se para a cidade de Rancharia/SP devido à transferência de seu pai José Antonio que na época era 3º Sargento da Polícia Militar. Lá concluiu seus estudos básicos e preparou-se para os exames de seleção e recrutamento da Academia de Polícia Militar do Barro Branco, ingressando na Instituição em 04 de fevereiro de 1985 aos 16 anos de idade. Na entrevista exclusiva o Cel. Melim relata detalhes sobre seus projetos a frente do Comando.

Folha Oeste:: Muito bom dia Coronel. Após ingresso na Policia Militar, como foi? Cel. Melim: “Fui aos poucos me aperfeiçoando e fiz diversos cursos de especialização: Curso Preparatório para Formação de Oficiais: 1985 e 1986 (APMBB); Curso de Formação de Oficiais: 1987, 1988 e 1989 (APMBB); Curso de Policia Judiciária Policial Militar: março, abril e maio de 1992 (CORREG PM); Curso de Técnica de Ensino: novembro e dezembro de 1996 (APMBB); Curso de Policiamento em Eventos: outubro de 1998 (2º BPChq); Estágio de Direitos Humanos, junto à Anistia Internacional: setembro de 2000 (CASJ PM); Graduação em Ciências Jurídicas: 1997, 1999, 2000, 2001 e 2002 (Associação de Ensino Toledo de Presidente Prudente); Curso de Força Tática: maio de 2003 (1º BPChq); Mestrado de Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública (CAO): novembro de 2009 a outubro de 2010 (CAES); Curso de Porta Voz e Mídia Training: 2012 (CCOMSOC); Doutorado de Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública (CSP) e fevereiro a dezembro de 2014 (CAES – APMBB)”.

Folha Oeste:: Academia do Barro Branco foi uma grande experiência? Cel. Melim:  “E como! Frequentei o Curso Preparatório de Formação de Oficiais (1985/1986) e o Curso de Formação de Oficiais (1987/1989) me formando como Aspirante a Oficial PM em 15 de dezembro de 1989. Segui para fazer estágio no então CPA-I/6, na cidade de Santos, em Janeiro de 1990 e o aperfeiçoamento deu-se em missões e operações no 6º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPM/I), em Santos, e no 39º BPM/I, na cidade de São Vicente. A segunda fase do estagio, cumpri na cidade de São Paulo, no 9º BPM/M, onde, após a conclusão das missões e operações características do estágio, fui promovido a 2º Tenente PM, em 25 de agosto de 1990, passando a exercer as funções de Ronda Oficial (atual função de Comandante de Força Patrulha), nas áreas da 1ª e 2ª Cias e um ano depois passei a comandar o 2º Pelotão PM de Tático Móvel (atual Força Tática) do 9º BPM/M”.

Folha Oeste:: Fale mais sobre sua trajetória na Policia Militar? Cel. Melim:  “Em 15 de dezembro de 1991, fui promovido a 1º Tenente PM e fui transferido para o 1º Batalhão de Policiamento de Guardas (BPGd), junto ao Complexo Penitenciário do Carandirú, tendo atuado na rebelião de outubro de 1992, como Comandante de uma das linhas de contenção que o Comando do Batalhão formou de imediato para conter o conflito, até a chegada das Tropas de Choque. No 1º BPGd, fui instrutor de Língua Portuguesa em várias turmas do Curso de Formação de Soldados que se desenvolveram naquela Unidade. Em maio de 1994, foi transferido para o 18º BPM/I, onde passei a exercer as funções de Comandante do 2º Pelotão PM da 2ª Companhia PM, que anteriormente havia sido exercida pelo seu pai, Capitão PM José Antonio de Melim, quando Tenente, na cidade de Rancharia, onde então residia sua família. No 18º BPM/I foi instrutor de Direitos Humanos para várias turmas do Curso de Formação de Soldados que lá se desenvolveram, bem como para várias turmas do Estágio de Aperfeiçoamento de Praças e Oficiais. Em dezembro de 2002, a convite do Coronel PM Helder Pereira comandei o 1º Pelotão Rodoviário da 5ª Companhia de Policiamento Rodoviário (Cia PRv) do 2º Batalhão de Polícia Rodoviária, na cidade de Presidente Prudente e em meados de 2004, transferido desta vez, para o 2º Pelotão Rodoviário, da 1ª Cia PRv do 2º BPRv, na cidade de Lins/SP”.

Folha Oeste:: O interior paulista também foi marcado pelo seu trabalho? Cel. Melim: “Em 24 de maio de 2005 promovido ao posto de Capitão PM, fui convidado pelo então Tenente Coronel PM Carlos Alberto Fantini a comandar a 1ª Cia PM do 44º BPM/I, na cidade de Lins onde fui instrutor de Polícia Comunitária e de Direitos Humanos, Legislação Básica Especial PM e Deontologia PM para várias turmas do Estágio de Aperfeiçoamento de Praças. Após convite assumi 2ª Companhia do 25º BPM/I, na cidade de Adamantina/SP, na 1ª Companhia do 31º BPM/I em Ourinhos/SP, no 30º BPM/I na cidade de Catanduva/SP, mas foi em Embú das Artes que fui promovido ao Posto de Major PM, em 25 de agosto de 2012 e me apresentei no 26º BPM/M, na cidade de Franco da Rocha, onde fui classificado por efeito de sua promoção”.

Folha Oeste:: Como e onde desenvolveu seus trabalhos como Major? Cel. Melim: “No 26º BPM/M, apesar de ainda residir na cidade de Lins, assumiu como Major a função de Coordenador Operacional com o objetivo de assessorar o Comando do Batalhão no acompanhamento e controle dos índices criminais, através de uma atuação direta junto aos Comandantes de Companhia, identificando necessidades de atuação policial ostensiva, coordenando os meios e efetivo de forma pontual, em cada Companhia, visando alcançar o objetivo maior de proporcionar sensação de segurança para as comunidades de Franco da Rocha, Caieiras, Cajamar, Francisco Morato e Mairiporã e também atuei como instrutor de Deontologia Policial Militar para os pelotões do Curso Superior de Formação de Soldados PM. Em 23 de junho de 2014, aceitei convite do Comandante de Policiamento Metropolitano (CPM), e assumi as funções de Chefe de Divisão do 1º Conselho Permanente de Disciplina (CPDis) do CPM, junto ao Complexo do Comando Geral da Instituição (QG)”.

Folha Oeste:: Quando assumiu o 14º BPM/M? Cel. Melim: “Em 24 de maio de 2016, fui honrosamente promovido ao posto de Tenente Coronel PM e em 07 de junho assumi o comando do 14º BPM/M, a convite do Coronel PM Marcelo José Rabello Vianna, comandante do CPA-M/8, responsabilizando-se pelo policiamento ostensivo da metade sul da cidade de Osasco. Desde sua movimentação para o 1º CPDis, do CPM, sou Instrutor da matéria de Polícia Comunitária e de Direitos Humanos no Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais (CAO), Mestrado Profissional de Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública, na Academia de Polícia Militar do Barro Branco”.

Folha Oeste:: O 14º BPM/M tem ações sociais junto a Comunidade? Cel. Melim: “Entre tantas ações quero destacar a “Campanha do Leite” que está em sua 4ª edição e é muito bem coordenada pelo Major PM Joaquim Keida Mendonça Ishy e demais colegas do Batalhão. Em 2015 graças aos empenho de Empresários, Sindicalistas, Comerciantes, Sociedade Civil organizada e a Comunidade foram arrecadados quase 07 mil litros de leite que foram doados para a “Casa Maria Maia” de Carapicuíba/SP e para este Natal as expectativas são das melhores”.

Folha Oeste:: Qualquer pessoa pode fazer a doação do leite? Cel. Melim: “Sim! As doações de caixas de leite podem ser efetuadas na sede da 3ª CIA que fica na Av. Marechal Rondon, 330. Maiores informações podem ser adquiridas através do 3681-6166 ou 3681-3050”.

Folha Oeste:: Explane com funciona o Projeto “POLICIA COMUNITÁRIA”? Cel. Melim: “Temos duas formas de ajudar a pessoas que residem em nossa Comunidade: FAZER CARIDADE na qual a pessoa fica condicionada ao que lhe é oferecido no momento da emergência, ou seja, damos o peixe. E a SOLIDARIEDADE é após estancamos o emergente capacitar as pessoas a melhorarem de vida, para que vivam com mais dignidade, traduzindo, ensinamos a pescar. Para a efetivação deste projeto nosso piloto está na Zona Sul de Osasco mais precisamente no bairro dos Metalúrgicos onde readequamos e reestruturamos toda a Base que estava desativada e servindo a população somente como referência. Atualmente temos lá 15 policiais e uma viatura fixa no local. Já no Bairro do Jd. Conceição e 1º de Maio estamos em fase de implantação desde Agosto deste ano e os resultados já estão aflorando”.

Folha Oeste:: Qual o principal objetivo desse Projeto? Cel. Melim: “Diminuir o índice de criminalidade e melhorar a qualidade de vida da população. Nossa equipe está orientada e treinada para realizar em média 4 a 5 visitas aos moradores do bairro pesquisando junto às famílias quais são seus anseios para que no seu entorno seja mais satisfatório, mais seguro. Uma das perguntas da pesquisa é “Qual é o seu maior medo aqui na Comunidade?”e com algumas outras podemos avaliar e medir a sensação de segurança e insegurança e também detectar onde e como podemos ajudar a melhorar. Após essas visitas convidamos os munícipes a participarem da “Reunião Comunitária” para discutirmos juntos as soluções dos problemas inclusive avaliando um crime decifrado na equação em três partes: autor vitima e ambiente e desta forma conseguimos realizar uma aproximação sadia e salutar entre a Polícia e a Comunidade”.

Folha Oeste:: Coronel Melim, chegamos ao final de nossa entrevista e o espaço é seu para contar qual seu maior sonho? Cel. Melim: “Creio que ver a mentalidade do Brasileiro evoluir teremos num futuro breve um país bem melhor para nossos filhos”.